Dizer que a gastronomia inglesa não goza de uma reputação positiva não é propriamente nenhum atentado. Mas se há exceção para todas as regras, os scones ocupam esse lugar.
Estes pequenos bolinhos, embora tão simples na sua composição, personificam a tradição e o charme britânicos. Carregando séculos de história, os scones evoluíram de tal forma que não só se tornaram o ponto alto do chá da tarde ingleses, como também conquistaram paladares um pouco por todo o mundo. A verdade é que, em cada mordida, é como se fossemos teletransportados para Buckingham Palace a dividir a mesa com a família real.
Não se deixem enganar com o seu aspeto básico e pouco espampanante. O seu interior é leve, fofo e macio. A massa é levemente adocicada e a cobertura glaceada com ovo batido dá-lhe um tom dourado perfeito.
E se para dançar uma valsa inglesa são precisos dois, é o mesmo que dizer que acompanhados de manteiga ou um bocado de compota estes scones ficam ainda mais irresistíveis.
Dicas para scones perfeitos:
Não misture demasiado a massa, caso contrário desenvolverá o glúten e os scones ficarão densos e não crescerão o suficiente.
Livre-se da tentação de acrescentar mais farinha. É natural e expetável que a massa fique um pouco pegajosa. Se ainda assim estiver muito difícil de trabalhar, enfarinhe apenas as mãos ou leve durante uns minutos ao frigorífico para arrefecer a mistura.
O fermento em pó é o segredo para que os scones cresçam bem. Nunca é demais dizer que é fundamental que esteja dentro do prazo de validade e em condições.
O cortador redondo, que pode ser comprado em qualquer loja com acessórios de cozinha, é a única ferramenta especial de que precisa para esta receita. Na altura de cortar os círculos de massa, tenha em atenção de empurrar para baixo. Evite rodar o cortador, pois corre o risco de que o efeito folhado se perca o que impede que os scones subam o mais alto possível.