Com sabor intenso e aroma forte, ninguém fica indiferente à fragância do café. Não é por acaso que frases como “make coffee not war” se transformaram em badalados clichés. O seu consumo é hoje um hábito disseminado por todo o mundo.
Portugal, como é óbvio, não fica atrás. O consumo de café é uma tradição fortemente enraizada na nossa cultura. Gostamos dele mais curto e intenso e nem no verão, com temperaturas altas, descartámos esta bebida quente. O ato de beber um café transformou-se como que num ritual, seja para dar início ao dia ou para terminar uma refeição. Prova disso é que não há rua de um qualquer vilarejo perdido por esse país onde não se encontre o tão típico café de bairro. E porque com números, qualquer texto fica mais credível: só em 2020, segundo um estudo da Marktest, mais de seis milhões de portugueses com mais de 15 anos beberam, pelo menos, um café por dia. O que significa que, por ano, dá qualquer coisa como 5kg de grão. Não será exagero dizer que, nós portugueses, parecemos movidos a cafeína.
No entanto, por cada café tirado, seja moído na hora ou de cápsula, há um composto que permanece na sombra e que quase sempre é descartado: as borras. Os amantes da jardinagem certamente já conhecerão os seus benefícios como adubo, uma vez quecontêm minerais importantes para o crescimento das plantas, funcionando não só como fertilizante, mas também como repelente de pragas.
Contudo, também podem ser usadas na cozinha, como por exemplo na confecção deste saboroso bolo. Tirando partido de uma dupla invencível – café e chocolate –, é uma verdadeira tentação para a hora do lanche. Com uma crosta estaladiça, mas com um interior fofo e húmido, é uma excelente dica para dar uma vida nova às borras depois de usufruir da sua bica.