O natal deste ano tem um sabor diferente. Culpa da pandemia, todos estes meses foram vividos de uma forma inesperadamente aterradora. Cancelamos planos, adiamos viagens, recolhemo-nos em casa, afastamo-nos das pessoas que mais gostamos. Quando as doze badaladas soaram no início de 2020, ninguém acharia que, o ano que astrologicamente previam de uma grande mudança, seria vivido desta forma.
Hoje é véspera de Natal e, provavelmente, nas mesas de todas as famílias portuguesas há lugares que ficarão vazios. Os encontros ficarão restritos ao núcleo mais próximo por força das regras de confinamento. No entanto, em algumas casas, há mesmo ausências que nem a força das tecnologias nos permitem colmatar.
Para combater a amargura que o dia possa trazer, nada melhor do que rodearmo-nos de doces. E aproveitemos este dia para fazer uma pausa. Peguemos nos álbuns de fotografias antigos esquecidos pelo tempo, do tempo em que se imprimiam fotografias, e recordemos tudo o que de bom vivemos. As viagens que fizemos, as festas em que estivemos, o crescimento das crianças, as férias em família no mesmo local de sempre… mesmo que só vejamos vultos desfocados porque o fotógrafo de serviço era péssimo com câmaras analógicas. Tragamos para junto de nós aqueles que, por alguma circunstância, hoje estão mais longe.