O verão está, por esta altura, a gastar os seus últimos cartuchos. Enquanto uns ativam o “out of office” nos seus emails e começam, finalmente, a sentir a calma das férias, outros regressam pouco a pouco às rotinas. No entanto, Setembro ainda traz consigo dias quentes e noites amenas.
Saborear uma refeição leve temperada pela brisa morna da noite, aproveitando as últimas oportunidades de jantar ao ar livre, continua a combinar com a definição de felicidade. O sentimento é partilhado por todos: ninguém está com muita vontade de passar horas na cozinha. Até porque a vida é demasiado curta para se ficar preso ao fogão.
As sopas frias são, portanto, um óptimo aliado, já que não pedem mais do que um liquidificador e produtos frescos. Basta picar tudo grosseiramente, atirar para um liquidificador et voilà. Percebe-se o porquê de ganharem a medalha de ouro no pódio dos pratos mais fáceis.
O gaspacho é, sem dúvida, uma estrela por estes dias. A fronteira entre sumo e sopa é ténue, mas tem tudo aquilo que se pretende: é refrescante, tem uma cor vibrante e está cheia de sabor. Tomates bem maduros, manjericão aromático, pepinos crocantes e pimentos coloridos formam a base dessa maravilha tradicionalmente com sotaque espanhol, aos quais se juntam azeite, vinagre e sal. Nos livros de receitas, multiplicam-se as combinações de sabores e variações. Nesta versão, entra em cena a melancia. Ou melhor, a sua casca.
A melancia é o verdadeiro sucesso de verão. Dura por fora; macia e muito suculenta por dentro. Além de ser uma excelente fonte de hidratação devido ao seu alto teor de água, contém vitaminas A, C e B6, já para não falar dos minerais como potássio e magnésio. Embora a sua polpa seja amplamente consumida, seja ao natural ou até mesmo em sumos, saladas e pratos salgados, a casca é descartada, diria eu, 99.9% das vezes.
À excepção do primeiro artigo desta rubrica, que faz agora precisamente três anos, nunca lhe dei a devida atenção face ao seu potencial. São inúmeras as suas utilizações na culinária. Serve este texto como remissão a esse ingrediente que, tanto a nível de textura e sabor, possui bastantes semelhanças com o pepino .
Interessante esta ideia de que, por motivos culturais, acabamos por descartar partes de frutas que são óptimas do ponto de vista nutricional só porque, em algum momento da história, se convencionou de que eram lixo, não concordam?
E, tal como venho sempre a referir, hoje, mais do que nunca, precisamos “mudar o chip” e ver o alimento com outros olhos. Nada se perde, tudo se cozinha.
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