Imaginemos o seguinte cenário: está na secção dos frescos de um qualquer supermercado e eis que uns brócolos muito pomposos, firmes e verdejantes lhe saltam à vista. Não resiste em levá-los para casa, já a pensar nas muitas receitas onde os possa usar. Chegados à cozinha, qual a percentagem que costuma aproveitar? 30%? 60%?
Já por aqui falei várias vezes dessa tendência persistente que acontece na culinária doméstica de valorizar apenas as partes mais vistosas e conhecidas dos alimentos, ao mesmo tempo que outras, igualmente nutritivas e saborosas, são frequentemente deixadas de lado.
Um exemplo perfeito disso são os talos dos brócolos. Se, por um lado, os floretes macios e viçosos costumam ser os protagonistas de variados pratos, por outro, temos os caules, robustos e fibrosos, que acabam quase sempre relegados ao lixo sem qualquer pingo de misericórdia.
Parece pouco – desperdiçar um talo aqui e ali – mas, com o passar dos anos, são quilos e quilos de comida perfeitamente comestível desperdiçados.
A verdade é que, por trás da sua aparência modesta, os talos dos brócolos guardam uma riqueza de nutrientes que não deve ser menosprezada. São uma excelente fonte de fibras, vitaminas C e K, bem como de minerais como o cálcio e o ferro. Isto já para não falar da quantidade significativa de antioxidantes que ajudam a combater os danos dos radicais livres no corpo. Não dá para negar que são um aliado fortíssimo para melhorar a digestão, a saúde óssea e reforçar a imunidade. Tudo bons motivos, portanto, para que sejam incluídos na nossa cozinha.
E já que o tempo quente se torna convidativo para refeições mais leves, trago como sugestão um petisco de origem árabe. O húmus, que galgou fronteiras e se tornou popular também no Ocidente, é tradicionalmente composto por uma pasta à base de grão-de-bico aromatizada com sumo de limão, sementes de sésamo e azeite. Nesta versão, como é fácil de adivinhar, a leguminosa dá lugar aos talos dos brócolos. A receita é muito prática de fazer, não requer grandes habilidades culinárias e o resultado é um creme muito versátil, perfeito para enriquecer wraps e sanduíches ou como dip para mergulhar pão pita, tostas ou vegetais crus como talos de aipo, palitos de cenoura ou pepino.
Se há algo que define o outono, são os aromas acolhedores da maçã e canela…
Há sabores que resistem ao tempo e que parece nunca saírem de moda. O salame…
Poucas sobremesas serão tão reconfortantes quanto um bom crumble de maçã. E agora que começa…
O tiramisù é, sem dúvida, um dos grandes clássicos da doçaria italiana. Quase que dispensa…
O verão está, por esta altura, a gastar os seus últimos cartuchos. Enquanto uns ativam…
O molho tahini é um daqueles ingredientes cuja origem está profundamente enraizada na cultura do…